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Fechamento: Sérgio Moro está na mira de Jair Bolsonaro. Duelo à vista?

O ministro da Justiça de aliado conveniente tornou-se uma pedra no caminho do presidente, que sonha com a reeleição em 2022

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Está cada vez mais difícil manter as aparências. Queridinho da mídia, bem visto pelos militares, apoiado pelo antipetismo, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, de aliado conveniente tornou-se uma pedra no caminho de Jair Bolsonaro, que sonha com a reeleição em 2022. A reportagem de capa de CartaCapital desta semana relata os atritos crescentes entre o paladino de Curitiba e o ex-capitão. Uma clássica disputa pelo poder que, no momento, parece favorecer o ministro, apoiado pelos meios de comunicação, ao contrário de seu chefe, e em acelerada aproximação do comando das Forças Armadas, que o considera mais confiável. Nesta disputa, conta André Barrocal, não há bala perdida.

Na seção Seu País, os editores Rodrigo Martins e Carlos Drummond tratam de dois assuntos complementares: o anêmico crescimento do PIB, comemorado sem pudor pelo governo e pelo mercado financeiro, e sua relação com o recorde de trabalhadores sem carteira assinada. A informalidade crescente é uma das principais causas da mais lenta recuperação da economia brasileira da história após uma recessão, cenário que não deve se alterar nos próximos anos. A repórter Thaís Oliveira vasculha o Centro Dom Bosco, a organização católica sediada no Rio de Janeiro que tenta censurar os humoristas do Porta dos Fundos. Em nome da fé e da família, o centro pôs em prática um ambicioso projeto político. Na eleição de 2018, deram o primeiro passo, ao eleger uma deputada federal e um parlamentar para a Assembleia carioca.

O economista Luiz Gonzaga Belluzzo contesta o artigo do ex-prefeito Fernando Haddad sobre a burguesia nacional. Na seção Plural, Jotabê Medeiros e Pedro Alexandre Sanches falam da mobilização de intelectuais contra mais um ataque do governo Bolsonaro à cultura, desta vez na Casa Rui Barbosa. E não deixe de conferir o editorial de Mino Carta e as colunas de Marcos Coimbra, Esther Solano e Walfrido Warde Jr.

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