Justiça Eleitoral/ Um morto-vivo no Senado

TSE livra Sergio Moro da cassação, mas o ex-juiz segue isolado na política

O parlamentar ainda procura se enturmar no Congresso – Imagem: Jefferson Rudy/Ag. Senado

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O Tribunal Superior Eleitoral rejeitou, na terça-feira 21, os recursos que pediam a cassação do senador Sergio Moro, do União Brasil. Todos os ministros acompanharam o voto do relator Floriano de Azevedo, que considerou “censuráveis” os vultosos gastos na pré-campanha, sobretudo “por candidatos que empenharam a bandeira da moralidade na política”. Ponderou, porém, que não restou provada a conduta fraudulenta ou o desvio de finalidade. “É preciso mais do que o estranhamento, indícios, suspeitas ou convicção. É preciso haver prova, e prova robusta.”

O principal ponto da acusação é que o ex-juiz se beneficiou da pré-campanha à Presidência da República pelo Podemos, na qual teria torrado ao menos 2 milhões de reais do Fundo Partidário, antes de mudar de planos e se candidatar ao Senado pelo União Brasil do Paraná. A acusação apontou ainda indícios de caixa 2, como a contratação do escritório de advocacia de um dos suplentes de Moro, que faturou 1 milhão de reais em três meses.

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4 comentários

PAULO SERG ok okIO CORDEIRO SANTOS 27 de maio de 2024 22h16
Justiça Eleitoral/ Um morto-vivo no Senado- Seria a decisão do TSE em salvar Moro da degola um erro? Decerto que não. O seu parceiro Deltan Dallagnol sempre disse, em relação ao processo de Lula, não haver provas, mas convicções a respeito da culpabilidade do petista. Agora, Moro teve a chance que Lula não teve. Embora o seu processo de cassação teve algumas provas para condená-lo, aquele tribunal não entendeu que não seriam provas suficientes para desrespeitar a decisão de quase dois milhões ou 1.953.159 votos válidos de seus eleitores. Isso mostra que os tempos mudaram. Mas pesa contra Moro outros inquéritos oriundos do CNJ e STF. Tacla Duran e Tony Garcia ainda têm muito a dizer contra o senador paranaense e provas mais do que robustas irão aparecer contra o Sr. Moro e a turminha da Lava Jato. O país precisa tirar a limpo esse capítulo melancólico de nossa história.
PAULO SERG ok okIO CORDEIRO SANTOS 27 de maio de 2024 22h16
Judiciário/ FICOU BARATO- A falta de ética e cuidado nas palavras devem ser evitados pelos homens públicos, juízes, desembargadores, promotores, pois em situações inusitadas poderão se deparar com processos em que uma das partes que julgarão estão em desacordo com sua ideologia. O que vale é a lei e os fatos, não se deve julgar com o fígado nem com preconceitos pré-existentes. O que essa desembargadora, Marília de Castro Neves Vieira do TJ RJ falou e escreveu nas redes sociais é repreensível, imperdoável e deveria ter um desfecho mais severo em seu processo administrativo. Quando julga os outros, não tem piedade no teor da pena, mas quando se trata de si mesmos, se fazem de vítimas e partem para o escárnio. É essa sociedade que vivemos, quando alguém investido de poder, fora ou dentro de sua função ofende e mostra todo o seu inconsciente preconceituoso e injurioso contra algum grupo, no caso em tela a esquerda, é esta que é culpada.
PAULO SERG ok okIO CORDEIRO SANTOS 27 de maio de 2024 22h17
Argentina/ Bolsonaro ao quadrado- Milei fez mesmo escola com Bolsonaro e bolsonaristas, mais que isso, ele fez escola com a extrema direita mundial que assombra o mundo. Desse jeito a tendência do governo atual argentino é levar o país portenho para o buraco e a diplomacia conquistada há muitos anos de sua política externa para o abismo.
PAULO SERG ok okIO CORDEIRO SANTOS 27 de maio de 2024 22h22
Justiça/ ASSANGE GANHA TEMPO- Se existe alguém injustiçado no mundo nesses tenebrosos tempos, o nome dele é Julian Assange. O homem cumpriu o seu dever como jornalista, revelou as atrocidades cometidas pelos EUA no Iraque e Afeganistão e ainda pode ser condenado a quase uma prisão perpétua ou pena capital? Em que época nós vivemos? Na Idade Média? O mundo precisa gritar, Liberdade para Assange, já!

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