CartaCapital

assine e leia

Justiça/ Tapete sacudido

O CNJ envia ao STF e à PGR relatório a citar conluio lavajatista para desviar 2,5 bilhões de reais

Salomão não deixou arquivar o caso, como queria Barroso – Imagem: Arquivo/STJ e Andressa Anholete/STF
Apoie Siga-nos no

Na terça-feira 11, o Conselho Nacional de Justiça enviou à Procuradoria-Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal o relatório que lastreou a abertura de processos disciplinares contra quatro magistrados que atuaram em processos da finada Lava Jato. A medida foi tomada pelo corregedor Luís Felipe Salomão após o plenário do CNJ autorizar, na sexta-feira 7, sindicâncias contra os desembargadores Thompson Flores e Loraci Flores de Lima, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, e os juízes federais Danilo Pereira e Gabriela Hardt. Uma derrota para o ministro Luis Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal, que fez de tudo para arquivar a investigação, mas saiu derrotado na votação.

O relatório elaborado pela Corregedoria Nacional de Justiça concluiu que o ex-juiz e hoje senador Sergio Moro, o ex-procurador e deputado cassado Deltan Dallagnol e a juíza afastada Gabriela Hardt atuaram para desviar cerca de 2,5 bilhões de reais provenientes de acordos de leniência e colaboração premiada da Lava Jato para criar “uma fundação voltada ao atendimento a interesses privados”. Já Thompson Flores e Loraci Flores foram acusados de descumprir deliberadamente decisões do STF que suspenderam os processos contra o ex-juiz da Lava Jato Eduardo Appio. Eles faziam parte da 8ª turma do TRF-4, colegiado que afastou Appio do cargo. O juiz federal Danilo Pereira também participou desse julgamento.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo