Na terça-feira 11, o Conselho Nacional de Justiça enviou à Procuradoria-Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal o relatório que lastreou a abertura de processos disciplinares contra quatro magistrados que atuaram em processos da finada Lava Jato. A medida foi tomada pelo corregedor Luís Felipe Salomão após o plenário do CNJ autorizar, na sexta-feira 7, sindicâncias contra os desembargadores Thompson Flores e Loraci Flores de Lima, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, e os juízes federais Danilo Pereira e Gabriela Hardt. Uma derrota para o ministro Luis Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal, que fez de tudo para arquivar a investigação, mas saiu derrotado na votação.
O relatório elaborado pela Corregedoria Nacional de Justiça concluiu que o ex-juiz e hoje senador Sergio Moro, o ex-procurador e deputado cassado Deltan Dallagnol e a juíza afastada Gabriela Hardt atuaram para desviar cerca de 2,5 bilhões de reais provenientes de acordos de leniência e colaboração premiada da Lava Jato para criar “uma fundação voltada ao atendimento a interesses privados”. Já Thompson Flores e Loraci Flores foram acusados de descumprir deliberadamente decisões do STF que suspenderam os processos contra o ex-juiz da Lava Jato Eduardo Appio. Eles faziam parte da 8ª turma do TRF-4, colegiado que afastou Appio do cargo. O juiz federal Danilo Pereira também participou desse julgamento.
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