CartaCapital

assine e leia

Justiça/ Terroristas no banco dos réus

O STF começa o julgamento dos vândalos de 8 de janeiro

Desta vez sem anistia? - Imagem: Marcelo Camargo/ABR
Apoie Siga-nos no

Em plenário virtual, o Supremo iniciou na madrugada da terça-feira 18 o julgamento de cem envolvidos na tentativa de golpe e na invasão, em 8 de janeiro, do Palácio do Planalto, do Congresso e do próprio STF. Relator do processo, o ministro Alexandre de Moraes defendeu a conversão de todos os acusados em réus. Metade dos envolvidos foi presa no dia seguinte aos atos terroristas no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília. A outra metade havia sido presa em flagrante, no interior dos prédios depredados ou nas imediações. Em seu voto, ­Moraes afirmou a respeito da ação do grupo:

“Tanto são inconstitucionais as condutas e manifestações que tenham a nítida finalidade de controlar ou mesmo aniquilar a força do pensamento crítico, indispensável ao regime democrático quanto aquelas que pretendem destruí-lo, juntamente com suas instituições republicanas, pregando a violência, o arbítrio, o desrespeito à separação de poderes e aos direitos fundamentais”. A defesa dos acusados alega denúncias genéricas e incompetência do tribunal para julgar os casos. Os terroristas não estarão só. De volta ao Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro tem menos de sete dias para depor à Polícia Federal sobre os acontecimentos de 8 de janeiro.

Nada de impostos

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo