O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, cobrou uma manifestação da Procuradoria-Geral da República sobre um pedido para abrir uma investigação contra Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, no âmbito do inquérito que apura a realização de atos antidemocráticos no Brasil.
A solicitação partiu da deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP) e do deputado federal Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ). Segundo eles, Vasques prestou “diversas declarações falsas” em seu depoimento à CPMI do 8 de Janeiro, em 20 de junho.
O bolsonarista tentou negar, por exemplo, que a PRF tenha realizado mais operações e ações de fiscalização no Nordeste no segundo turno da eleição presidencial. Os parlamentares da comissão o confrontaram, então, com os dados de um relatório do Ministério da Justiça a apontar a fiscalização de 2.185 ônibus no Nordeste, contra 571 no Sudeste, entre 28 e 30 de outubro. A ação teria contrariado uma ordem de Alexandre de Moraes a proibir operações contra transportes gratuitos.
“Sendo assim, é de rigor que os fatos aqui narrados sejam incluídos no âmbito da investigação existente neste Supremo Tribunal Federal, considerando a prática de crimes tão graves contra a ordem democrática”, argumentam Hilton e Vieira ao STF.
A dupla do PSOL ainda pede que Moraes, relator do inquérito sobre os atos antidemocráticos, determine o envio ao Supremo de eventuais quebras de sigilos telefônico, telemático e bancário de Silvinei, “com o objetivo de investigar os ataques contra o processo eleitoral”.
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