‘A candidatura de Ciro não pertence a ele, mas a uma instituição’, diz presidente do PDT após ‘suspensão’

Carlos Lupi confirmou que tentará, até a próxima terça 9, mudar os votos de pedetistas sobre a PEC dos Precatórios

O presidente do PDT, Carlos Lupi. Foto: Reprodução/Redes Sociais

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O presidente do PDT, Carlos Lupi, minimizou nesta quinta-feira 4 a decisão do presidenciável Ciro Gomes de suspender suas atividades de pré-candidato, após a bancada do partido na Câmara apoiar em peso a PEC dos Precatórios em 1º turno.

“Ele avaliou que, com uma votação em dois turnos, deveria suspender toda a sua atividade de candidato, como forma também de ter tempo de convencer esses deputados a mudar os seus votos”, disse Lupi em entrevista à CNN Brasil. “Agora, a candidatura de Ciro não pertence a ele, mas a uma instituição. Ele é candidato do PDT. Ele está suspendendo as suas atividades porque ficou impactado com essa votação”.

 

 

Apesar da reação, Lupi não vê qualquer possibilidade de o pré-candidato deixar o partido.


“O Ciro está em casa, é um irmão que a vida me deu, é disparado o homem mais preparado para exercer a Presidência. Quando ele faz esse gesto de suspender todas as suas ações de pré-candidato é para dar uma satisfação à sociedade de sua insatisfação com a votação encaminhada pela bancada do PDT na boa-fé”, acrescentou.

Ao explicar por que é contrário à PEC dos Precatórios, Lupi mencionou a “posição política” e o “exame do mérito”. Segundo ele, “a questão é do calote, é dar um cheque em branco para um governo que não tem qualificação para executar esse dinheiro”.

O comandante do partido confirmou que, até a próxima terça-feira 9 – quando a Câmara deve votar a PEC em 2º turno -, tentará reverter os votos.

“Temos até terça-feira para conversar, para esclarecer o nosso posicionamento, para que até terça a gente tenha uma unidade contrária a essa PEC. Farei com muito esforço e muita convicção”.

 

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