A justificativa de Flávio para liderança de Lula e derrota de Bolsonaro nas pesquisas

Filho 01 do presidente arrumou uma desculpa para o desempenho do pai na corrida eleitoral

Jair e Flávio Bolsonaro. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Apoie Siga-nos no

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) tem uma justificativa para o desempenho do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas de opinião. O ex-capitão aparece atrás do ex-presidente Lula (PT) em todos os levantamentos.

Pesquisa do instituto Datafolha, divulgada no fim de maio, mostrou que o petista lidera a disputa pela Presidência da República com 21 pontos percentuais de vantagem sobre Bolsonaro. Lula soma 48% das intenções de voto, ante 27% do ex-capitão.

Para Flávio, no entanto, os levantamentos “não pegam o nosso eleitor”. “O nosso eleitor é o servidor público, o militar, o evangélico, que na hora da pesquisa, está no culto. É um pessoal mais reservado”, afirmou em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.

Para desacreditar as pesquisas, o filho 01 do presidente ainda inventa que “todos os CEOs de instituto de pesquisa têm relação com a esquerda”.

“Nosso termômetro de aceitação sempre foi a rua”, acrescentou o senador. “O Lula não sai na rua, é tudo evento controlado. O Jair sai em qualquer cidadezinha vem uma multidão”.

Ao contrário do que diz Flávio, o Datafolha apontou também que Lula ampliou a vantagem sobre Bolsonaro na projeção para o segundo turno.


O petista aparece com 58% das intenções de voto, ante 33% do ex-capitão (25 pontos percentuais de diferença). Na rodada anterior, de março, a liderança era de 55% a 34% (21 pontos percentuais).

 

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.