CartaExpressa

‘Abin paralela’: Deputados vão ao Conselho de Ética pela cassação de Ramagem

O deputado bolsonarista, ex-diretor da agência, foi alvo de uma operação da Polícia Federal

Ramagem (dir.) é um aliado e amigo de Bolsonaro Foto: MARCOS CORREA/PR
Apoie Siga-nos no

Deputados e lideranças do PSOL e da Rede acionaram o Conselho de Ética da Câmara com um pedido de cassação de Alexandre Ramagem (PL-RJ), dias após o bolsonarista ser alvo de uma operação da Polícia Federal sobre um suposto esquema de monitoramento ilegal por meio da Agência Brasileira de Inteligência.

Ramagem comandou a Abin entre 2019 e 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

O argumento da representação contra o deputado é que ele teria violado os princípios de legalidade, moralidade e impessoalidade na agência. Embora a suposta conduta tenha ocorrido antes de Ramagem ser eleito deputado, diz o documento, a cassação se justificaria porque os atos atingem “a honra e a imagem da Câmara”.

“É inaceitável, no Estado Democrático de Direito, a instrumentalização de órgão público para perseguição política. Infelizmente, isso se tornou modus operandi no então governo Bolsonaro, tendo o Representado sido parte fundamental nessa engrenagem”, dizem os parlamentares.

O presidente do Conselho de Ética é o deputado Lomanto Júnior (União-BA). Ainda não há uma data prevista para o colegiado analisar a representação contra Ramagem.

Assinam o pedido de cassação, entre outros, o líder do PSOL na Câmara, Guilherme Boulos (SP); a porta-voz da Rede, Heloisa Helena; a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP); e o deputado Túlio Gadêlha (Rede-PE)

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.