Adolescente que matou professora em escola de SP foi frio no depoimento, diz delegado

'Ele passou todas as informações de forma pormenorizada, ele admitiu os fatos', afirmou Marcos Vinicius Reis

Peritos da Polícia Civil na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, após aluno atacar colegas e professoras. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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O adolescente de 13 anos apreendido após o ataque na Escola Estadual Thomazia Montoro, na cidade de São Paulo, demonstrou frieza ao comentar o caso, afirmou nesta segunda-feira 27 o delegado Marcos Vinicius Reis, responsável pela investigação.

O aluno, do 8º ano, prestou depoimento no 34º Distrito Policial horas depois de esfaquear quatro professoras e um estudante dentro do colégio. A professora de ciências Elisabete Tenreiro, de 71 anos, levou cinco facadas, teve uma parada cardíaca e não sobreviveu.

Enquanto o adolescente atacava outra vítima, uma professora de educação física identificada como Cinthia conseguiu imobilizá-lo e outra, chamada Sandra, o desarmou. O agressor foi encaminhado pela Ronda Escolar à delegacia.

“Ele [o autor do ataque] passou todas as informações de forma pormenorizada, ele admitiu os fatos. E as imagens são fortes”, disse o delegado. “Ele foi frio, não demonstrou muita emoção e admitiu, confessou, na presença da advogada, na presença dos pais.”

O agressor deixou a delegacia no final da tarde, foi encaminhado ao Instituto Médico Legal para passar por exame de corpo de delito e foi levado à Fundação Casa. A audiência de custódia está prevista para esta terça-feira 28.

“Esperamos que ele permaneça apreendido”, acrescentou Reis. “Foi um procedimento com bastante lisura e trabalhoso. É um caso que envolve menores e uma vida.”


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