Além de surpreender na eleição presidencial, com Sergio Massa chegando ao segundo turno como o candidato mais votado, o peronismo conquistou uma grande vitória na disputa para governador da província de Buenos Aires.
Axel Kicillof (Unión por la Patria) garantiu a reeleição em primeiro turno com uma larga vantagem sobre os adversários. Com 95% da apuração realizada, ele obteve 45% dos votos, ante 27% de Néstor Grindetti (Juntos por el Cambio) e 25% de Carolina Píparo (La Libertad Avanza, partido de Javier Milei). Rubén Sobrero (Frente de Izquierda) somou 4%.
“Estamos comemorando 40 anos de democracia. Neste ano, votamos pela décima vez para presidente da Argentina e quero deixar claro que esta democracia se baseia na profunda memória de uma época genocida. Esta votação significa: Ditadura nunca mais”, discursou. Trata-se de uma referência ao ultradireitista Javier Milei, que tenta minimizar o horror da ditadura argentina.
“A resignação e a antipolítica não nos derrotaram.”
Em seu pronunciamento, o governador reeleito também exaltou a vice-presidenta Cristina Fernández de Kirchner, principal referência do peronismo na Argentina.
“Vocês sabem que neste período CFK passou por um atentado contra sua vida e mesmo assim continua a liderar. Nunca nos incentivou a cair no ressentimento ou na vingança. É um exemplo contra quem recorre ao ódio e à violência”, afirmou.
Kicillof declarou, ainda, que em Buenos Aires “a grande maioria” sabe que há problemas, mas que eles serão resolvidos “com mais Estado, não menos” e “com mais solidariedade, não com egoísmo”.
“Sempre fomos um povo solidário: a província continua a acreditar em mais Estado, mais solidariedade e mais pátria.”
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