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Alvo da CPI, Precisa Medicamentos ganhou licitação conturbada para fornecer preservativos
A empresa já recebeu 96 milhões do governo federal, desde 2019, pelo fornecimento de preservativos femininos de látex
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A Precisa Medicamentos já recebeu 96 milhões do governo federal, desde 2019, pelo fornecimento de preservativos femininos de látex. A empresa, que é alvo da CPI da Covid em negociações suspeitas da vacina Covaxin, ganhou uma licitação conturbada para o fornecimento do produto. As informações são do UOL.
Na licitação para o fornecimento do material, homologada em novembro de 2018, a Precisa Medicamentos foi a vencedora mesmo apresentando o custo mais alto por unidade: R$ 2,3451. A primeira empresa colocada, a MS Bastos tinha o melhor preço para o lote de 29,3 milhões de unidades: R$ 1,5199. A empresa, no entanto, foi desclassificada por problemas na documentação.
A segunda colocada, a FBM Indústria Farmacêutica chegou a ser convocada, com a sua proposta de R$ 1,5198 por unidade, mas também foi posteriormente desclassificada pelo Ministério da Saúde.
A Precisa é a fornecedora dos preservativos femininos desde o início de 2019, ainda que trabalhe com o látex, material considerado desconfortável e causador de alergia, em muitos casos. Na Prefeitura de São Paulo, por exemplo, a licitação em curso para preservativos consideram a borracha nitrílica como material base. A Precisa chegou a tentar intervir no pregão alegando que enviesava a concorrência, mas teve pedido indeferido.
O Ministério da Saúde chegou a ser pressionado por mulheres sob o risco da alteração no componente do material. Após isso, em 2017, chegou a abrir um pregão para empresas que trabalhassem com o material, mas o cancelou depois alegando falta de concorrência.
Desde que ganhou a licitação, a Precisa praticou alguns atrasos na entrega do material e chegou a ter prevista aplicação de multa de 1 milhão pelas entregas não realizadas. A multa, no entanto, nunca foi aplicada. Mesmo diante os problemas, a empresa ganhou em2020 outra licitação para fornecimento de 10 milhões de unidades dos preservativos. O governo federal já adquiriu 5 milhões e avalia se irá comprar o restante.
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