A Amazônia registrou uma área desmatada em setembro equivalente ao tamanho da cidade do Rio de Janeiro. Foram 1224 km² de áreas verdes desmatadas, o pior índice para o mês em 10 anos, segundo apontou um levantamento feito pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia divulgado na quarta-feira 20.
No acumulado do ano, a Amazônia já perdeu 8939km² de florestas, o que representa um aumento de 39% em relação ao mesmo período de 2020.
Segundo o Imazon, a grande parte das áreas desmatadas (59%) concentram-se em áreas privadas ou em locais que apresentam algum tipo de posse. As reservas indígenas, por sua vez, representam a menor taxa nesse sentido, 2%.
Quanto a prevalência dos desmatamentos por estado, o Pará lidera o ranking com 39% de florestas desmatadas, o que representa 474 km de floresta, metade da cidade de Belém. Na sequência aparecem os seguintes estados com perdas de floresta: Amazonas (21%), Rondônia (14%), Mato Grosso (12%), e Acre (10%).
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
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