Antes de admitir derrota, Bolsonaro consultou generais sobre judicializar eleições, diz site

Conforme apurou a 'CNN Brasil', o entendimento dentro da caserna é de que o processo eleitoral aconteceu com obediência às regras do jogo democrático

O presidente Jair Bolsonaro (PL) em live de 28 de abril. Foto: Reprodução

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Antes de quebrar o silêncio de quase 48 horas sobre a derrota para Lula (PT), o presidente Jair Bolsonaro (PL) teria consultado o alto escalão das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) sobre a possibilidade de judicializar o resultado das eleições. O principal argumento do ex-capitão, segundo informações da CNN Brasil, seria o fato de o petista ter sido condenado na Lava Jato, razão pela qual ele estaria, segundo Bolsonaro, inelegível.

De acordo com o site, os responsáveis por não dar seguimento ao movimento de Bolsonaro foram os militares. A ideia teria contado com o apoio de apenas uma das Forças. O Exército e outra força não avalizaram a investida do presidente, segundo fontes da CNN. 

O entendimento dentro da caserna é de que o processo eleitoral aconteceu com obediência às regras do jogo democrático e que não houve fraude. Um levantamento do Comitê de Transparência, do qual o Exército faz parte, não encontrou irregularidades nos testes, feitos em 641 urnas.

O argumento que seria utilizado por Bolsonaro, vale dizer, não teria validade. Não há qualquer sentença atualmente contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em 2018, ele foi condenado pelo então juiz Sergio Moro e por tribunais superiores na Operação Lava-Jato. Os processos, porém, foram anulados pelo Supremo Tribunal Federal por questões técnicas e a maioria prescreveu.

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