A Agência Brasileira de Vigilância Sanitária chegou a enviar, em março, um ofício ao Ministério da Saúde em que relata pressão da empresa Precisa, representante do laboratório indiano Bharat Biotech no Brasil, para viabilizar a aprovação da vacina Covaxin. A informação é do jornal O Globo.
De acordo com a publicação, o documento saiu do gabinete do presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, e alegava que era preciso evitar “tumulto” no processo de liberação do imunizante.
A manifestação é mais um indício que reforça as suspeitas de irregularidades sobre a importação da vacina, que previa a entrega de 20 milhões de doses por 1,6 bilhão de reais — a dose do imunizante foi a mais cara entre todas as contratadas.
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
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