Apoiador de Lula morto no MT recebeu mais de 70 golpes de faca e machado, aponta laudo

Benedito Cardoso dos Santos foi assassinado por um apoiador de Bolsonaro em Confresa (MT); a Justiça determinou que o autor do crime passe por um exame de sanidade mental

Rafael Silva de Oliveira, apoiador de Bolsonaro preso após matar Benedito Cardoso dos Santos, apoiador de Lula, por conta de discordâncias políticas — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Apoie Siga-nos no

Um laudo necroscópico encaminhado à Polícia Civil mostra que Benedito Cardoso dos Santos, assassinado por Rafael Silva de Oliveira em Confresa (MT), foi morto com mais de 70 golpes de faca e machado. A informação foi repassada pelo delegado Victor Oliveira ao G1.

Analises preliminares sugeriam que a vítima tivesse sido morta com 15 facadas e golpes de machado.

O crime aconteceu no último dia 7 de setembro, após Benedito e Rafael se envolverem uma discussão sobre política. O autor das agressões que resultaram na morte do petista defendia a reeleição do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Ambos trabalhavam em uma propriedade rural na cidade de Confresa, no Mato Grosso.

A Justiça determinou que Rafael passe por um exame de sanidade mental, para analisar se o assassino estava em posse de suas faculdades mentais.

Em 2020, a irmã do acusado já havia pedido à Justiça uma internação compulsória de Rafael em unidade psiquiátrica, no entanto, o pedido foi negado na época. O magistrado responsável pela análise defendeu que seria “imprudente” mantê-lo em uma clínica psiquiátrica durante a pandemia.

Caso seja comprovada doença mental, a eventual pena atribuída a ele será substituída por medida de segurança a ser cumprida em uma unidade psiquiátrica estatal.


Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.