Após declarações sobre a guerra, Lula vai receber chanceler da Rússia nesta segunda-feira

No domingo, Lula disse que a guerra entre Rússia e Ucrânia foi uma decisão dos dois países e tornou a defender a criação de um grupo para discussão da paz na região

O chefe da diplomacia russa, Sergey Lavrov. Foto: Maxim SHIPENKOV / POOL / AFP

Apoie Siga-nos no

Um dia após atribuir, também, à Ucrânia a responsabilidade pela guerra, o presidente Lula (PT) vai receber, nesta segunda-feira 17, o chanceler da Rússia Sergey Lavrov em reunião no Palácio do Planalto, em Brasília. O encontro consta em uma agenda informada pelo Itamaraty, mas ainda não está na agenda oficial do presidente.

Lavrov também se encontrará, no Brasil, com o chanceler Mauro Vieira. Em nota recente, o Ministério das Relações Exteriores informou que os encontros irão tratar do “potencial da parceria estratégica brasileiro-russa” e da “cooperação em áreas de interesse comum, com foco em comércio e investimentos, ciência e tecnologia, meio ambiente, energia, defesa, cultura e educação”. Há ainda, segundo a pasta, “uma oportunidade de tratar do conflito da Ucrânia”.

No domingo, Lula disse que a guerra entre Rússia e Ucrânia foi uma decisão dos dois países e tornou a defender a criação de um grupo para discussão da paz na região. A afirmação, dada em uma curta passagem pelos Emirados Árabes Unidos, quando também pediu que os Estados Unidos “parem de incentivar a guerra e comecem a falar em paz”. As afirmações não foram bem recebidas pelos norte-americanos. Ao jornal O Globo, um integrante da diplomacia afirmou que o presidente brasileiro repetiu “propaganda russa e chinesa favorável a Moscou”.

Além do Brasil, o chanceler russo visitará neste giro regional Venezuela, Nicarágua e Cuba. Segundo o veículo cubano Prensa Latina, Lavrov promoverá em sua visita aos países latino-americanos, a cooperação nos âmbitos político, comercial, econômico e cultural.

De acordo com a chancelaria cubana, a visita de Lavrov a Havana será no próximo dia 19, coincidindo com a eleição do presidente cubano pelo Parlamento, que poderá reconduzir o atual mandatário, Miguel Díaz-Canel, a um novo mandato de cinco anos.

(Com informações de AFP e jornal O Globo)


Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.