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Após operação com mortes, PM do Rio promete instalar câmeras nos uniformes até o fim do ano
Prazo estipulado pelo Supremo Tribunal Federal para adoção dos dispositivos por todas as forças policiais já se esgotou há um ano
Após operação que resultou em dez mortos no Rio de Janeiro, a Polícia Militar do estado afirma que instalará câmeras corporais em todas as unidades de segurança até o fim de 2023.
A previsão foi anunciada depois que se constatou que as unidades das tropas de elite da corporação, envolvidas na operação no Complexo de Penha, não usavam os equipamentos.
A ação da PM ocorre um ano após ter esgotado o prazo estipulado pelo Supremo Tribunal Federal para a adoção dos dispositivos de gravação por todas as forças policiais fluminenses.
A determinação da Corte não havia sido bem recebida pelo governador Cláudio Castro (PL), que chegou a dizer que iria “até a última instância” contra a medida.
Castro defende a mesma linha de argumentação contra os dispositivos usada por Jair Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Segundo os bolsonaristas, as câmeras colocariam em risco à vida dos agentes.
Ainda que o governador tenha recorrido para derrubar a exigência do uso de câmeras para as equipes especializadas, como o Bope e o Core, o STF manteve a exigência, obrigando o estado a cumprir com o estipulado.
“Pretendemos até o final deste ano estar com todo o equipamento já implantado ou em fase de implantação”, anunciou o coronel Luiz Henrique Pires, titular da Secretaria estadual de Polícia Militar nesta segunda-feira 7.
“Está previsto no cronograma também implantação do equipamento nas unidades operacionais especiais. Até o final do ano estará sendo implantado o equipamento em toda a Polícia Militar”, completou.
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