O PSDB anunciou nesta quarta-feira 8, após uma reunião de sua Executiva Nacional, que passou a fazer parte da oposição ao governo de Jair Bolsonaro. A sigla, no entanto, não afirmou que apoia o impeachment do presidente.
Segundo nota divulgada nesta tarde, os tucanos iniciaram “hoje o processo interno de discussão sobre a prática de crimes de responsabilidade cometidos pelo Presidente da República e o caminho mais eficiente para evitar o agravamento dessa crise na vida das pessoas”.
A decisão foi tomada um dia depois de Bolsonaro reforçar suas ameaças golpistas e estimular a desobediência civil a decisões do Supremo Tribunal Federal. O presidente também ofendeu diretamente o ministro Alexandre de Moraes, a quem chamou de “canalha”, e disse que o presidente da Corte, Luiz Fux deveria “enquadrá-lo”, sob pena de o Judiciário “sofrer aquilo que nós não queremos”.
“O PSDB repudia as atitudes antidemocráticas e irresponsáveis adotadas pelo presidente da República em manifestações pelo Dia da Independência. Ao mesmo tempo, conclama as forças de centro para que se unam numa postura de oposição a este projeto autoritário de poder e para evitar a volta do modelo político econômico petista também responsável pela profunda crise que enfrentamos”, diz trecho da nota.
O partido afirmou ainda que se alinha “à indignação de todos aqueles que têm na democracia, na defesa das instituições e no respeito à liberdade o seu maior compromisso”.
“Os brasileiros esperam de seu governante soluções para a pandemia, para o desemprego, para a inflação crescente, para a crise hídrica, para desigualdade e para o descalabro fiscal”.
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