Apuração do CNJ mira R$ 300 milhões em depósitos judiciais da Lava Jato

Corregedor fará inspeção extraordinária no TRF-4 e na 13ª Vara Federal de Curitiba

Fotos: Reprodução

Apoie Siga-nos no

O ministro do Superior Tribunal de Justiça Luís Felipe Salomão, corregedor do Conselho Nacional de Justiça, inspecionará os depósitos judiciais feitos por empresas e réus investigados pela Operação Lava Jato. A informação foi divulgada nesta segunda-feira 12 pelo jornal O Estado de S. Paulo. 

A análise, a envolver um montante de cerca de 300 milhões de reais, será realizada no Tribunal Regional Federal da 4ª Região e na 13ª Vara Federal de Curitiba. 

A apuração incluirá depoimentos de servidores e documentos que integram os processos, além de provas colhidas na Operação Spoofing, deflagrada contra hackers envolvidos no vazamento de mensagens trocadas entre o deputado cassado e ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos-PR) e o senador e ex-juiz Sergio Moro (União-PR). 

O procedimento conduzido pelo CNJ ocorre após o juiz Eduardo Appio ser afastado da 13ª Vara por uma decisão do TRF-4. Com o magistrado à frente do tribunal responsável pela Lava Jato na primeira instância, diversas ações que haviam sido “esquecidas” voltaram a tramitar, a exemplo da acusação de abusos processuais contra o suposto operador Rodrigo Tacla Duran e as afirmações de Tony Garcia sobre o uso de gravações ilegais na operação.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.