CartaExpressa

Arthur Maia rejeita investigar caso das joias na CPMI do 8 de Janeiro: ‘Se quiserem, façam outra’

A declaração foi concedida pelo presidente da comissão após uma reunião com o comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva

Brasília (DF) 13/06/2023 Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro durante sessão para analisar e votar 285 requerimentos. Foto Lula Marques/ Agência Brasil.
Apoie Siga-nos no

O presidente da CPMI do 8 de Janeiro, Arthur Maia (União Brasil-BA), não pretende investigar o caso das joias envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A declaração foi concedida nesta quarta-feira 23, em Brasília, após o deputado se reunir com o comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva.

“Esta CPMI não vai adentrar em questão de corrupção, de venda de joias, porque isso não está relacionado com o 8 de Janeiro”, afirmou Maia. “Se quiserem fazer uma CPMI para discutir presente de ex-presidente, venda de Rolex, negócio de joias, façam outra CPMI. Eu cumprirei o meu papel como presidente da CPMI: garantir que se investigue o que ocorreu antes, durante e depois do 8 de Janeiro, mas tudo relacionado ao 8 de Janeiro.”

O nome de Bolsonaro está ligado a um suposto esquema envolvendo presentes entregues ao governo do ex-capitão por autoridades estrangeiras. A Polícia Federal investiga se o ex-presidente se apropriou de maneira irregular dos itens e tem envolvimento na tentativa de vender parte deles.

Criada no final de maio, a CPMI é “destinada a investigar os atos de ação e omissão ocorridos em 8 de Janeiro de 2023, nas Sedes dos Três Poderes da República, em Brasília”, conforme definição oficial na página do colegiado.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.