O ex-assessor da presidência da República, Arthur Weinbtraub, divulgou um vídeo no sábado 5 em suas redes sociais para negar a acusação de que faria parte de um ‘gabinete paralelo’ da Saúde durante a pandemia. Ele, admitiu, no entanto, que dava conselhos ao presidente Jair Bolsonaro sobre medicações para o tratamento da Covid-19, caso da hidroxicloroquina, embora não se tenha comprovações científicas de nenhum medicamento nesse sentido.
“Os meus contatos sempre foram médicos de ponta, cientistas, não havia assessoria paralela do presidente. Tive sim contato com a doutora Nise [Yamaguchi], com o doutor [Paolo] Zanotto, eles conversavam comigo, me traziam as coisas para mostrar para o presidente. Eles viam em mim uma possibilidade de mostrar ao presidente de uma maneira mais simples a situação, mas eu não era o único caminho”, afirmou, ao lado do irmão e ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, que também participa do vídeo.
Arthur mencionou que ele, enquanto pesquisador, assumiu estudos sobre o uso da hidroxicloroquina para o tratamento contra a Covid-19 e que estabelecia contato com médicos e pesquisadores para então passar informações a Jair Bolsonaro.
“Eu não estava defendendo um tratamento, era o que existia no momento como uma alternativa, com alguma coisa publicado. O que eu defendia e continuei defendendo era a liberdade do médico de poder tentar salvar a vida de seus pacientes”, disse Arthur que declarou ter tomado a hidroxicloroquina por dois dias, mesmo sem sintomas da doença, para testar possíveis efeitos do remédio, que ele diz ter descartado.
Ainda durante o vídeo, Arthur, que deixou o governo em setembro de 2020, firmou que não teve tratativas com o governo sobre vacinas. “Quando eu estava lá, a discussão que havia e eu estava envolvido era o remédio da malária, e a evolução da doença”, assumiu.
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