CartaExpressa

Audiência com Dino na Câmara tem tumulto entre deputados e ação da Polícia Legislativa

O presidente do colegiado, Ubiratan Sanderson (PL-RS), encerrou a sessão e agendará uma nova data

Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Apoie Siga-nos no

A audiência da Comissão de Segurança Pública da Câmara destinada a ouvir o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), foi marcada por tumulto e discussões entre parlamentares. Ao fim da sessão, que durou cerca de uma hora e meia, a Polícia Legislativa teve de intervir para acalmar os ânimos.

Diante de um cenário em que o ministro sequer conseguia se pronunciar, o presidente do colegiado, deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS), encerrou a sessão e disse que agendaria uma nova data para ouvir Dino.

O ministro deixou a sessão aos gritos de “fujão” por deputados de oposição ao governo Lula (PT).

Durante a audiência, parlamentares chamaram colegas de “covardes” e deram tapas na mesa. Dino foi frequentemente interrompido por bolsonaristas que marcaram presença na comissão mesmo sem fazer parte dela, a exemplo de Carla Zambelli, Nikolas Ferreira, Carlos Jordy e Bia Kicis.

O ministro retornou à Câmara nesta terça para explicar questões relacionadas à política desarmamentista do governo. O requerimento de convocação, de autoria do deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), ainda previa esclarecimentos sobre a visita de Dino ao Complexo da Maré (RJ) e as investigações sobre os atos golpistas do 8 de Janeiro.

Esta é a segunda vez em menos de dois meses que Dino vai à Câmara prestar informações. No final do mês passado, ele compareceu à Comissão de Constituição e Justiça e negou ter sido informado previamente pela Agência Brasileira de Inteligência sobre o quebra-quebra bolsonarista na capital federal.

Ele também esclareceu a ida ao Complexo da Maré e classificou como “esdrúxula” qualquer tentativa de relacionar o fato a um encontro com líderes de grupo criminoso.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.