Bancada evangélica cobra Milton Ribeiro: ‘O assunto é urgente. Que se manifeste o quanto antes’

O presidente da Frente Parlamentar Evangélica voltou a se pronunciar sobre um gabinete paralelo no MEC

Sóstenes Cavalcante, líder da bancada evangélica.

Apoie Siga-nos no

O presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), voltou nesta quarta-feira 23 a cobrar explicações do ministro da Educação, Milton Ribeiro, sobre a atuação de um gabinete paralelo na pasta.

A jornalistas, Cavalcante afirmou que tem de ser “esclarecida” a relação entre recursos do MEC e a construção de igrejas. “Todos sabemos que é impossível o ministério fazer repasse a igrejas. Ainda não vi um posicionamento publico dele sobre essa fala”, disse o deputado.

O parlamentar se refere a um áudio de Milton Ribeiro divulgado na segunda-feira 21 pelo jornal Folha de S.Paulo. Na gravação, o ministro admite priorizar, por solicitação do presidente Jair Bolsonaro, o envio de recursos a prefeituras indicadas por pastores e sugere haver uma contrapartida à liberação de verbas. “Então, o apoio que a gente pede não é segredo, isso pode ser [inaudível], é apoio sobre construção das igrejas”, diz em trecho do áudio.

“Precisamos dar a ele a oportunidade de esclarecer. O que tem a ver recurso para igreja advindo de recursos do governo federal?”, questionou Cavalcante.

O deputado ainda disse “não ter dúvida” de que o áudio é de Milton Ribeiro e que “o assunto é urgente, pauta da semana”.

“Espero que ele o quanto antes possa se manifestar à imprensa. Se dependesse de mim, ainda hoje.”


Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.