Barroso relatará notícia-crime contra novas mentiras de Bolsonaro sobre vacinas

A peça foi protocolada nesta segunda 25 pela bancada do PSOL na Câmara e pelo deputado Túlio Gadêlha (PDT-PE)

O ministro Luís Roberto Barroso. Foto: Nelson Jr./SCO/STF

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O ministro do Supremo Tribunal Federal Luis Roberto Barroso foi sorteado como relator da notícia-crime protocolada contra o presidente Jair Bolsonaro por novas declarações mentirosas sobre vacinas – agora, o ex-capitão liga os imunizantes ao desenvolvimento da Aids. A peça foi apresentada nesta segunda-feira 25 pela bancada do PSOL na Câmara e pelo deputado Túlio Gadêlha (PDT-PE).

Na notícia-crime, os parlamentares apontam que Bolsonaro cometeu infração de medida sanitária preventiva voltada a proteger a “incolumidade pública no que concerne à saúde da coletividade”. Mencionam, também, o artigo do Código Penal que estabelece o crime de “expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente”, já que Bolsonaro, em sua live, incentivou “clara exposição da população brasileira ao vírus, ao propagar mentiras sobre a vacina.” Ainda acusam o ex-capitão de violar o princípio da moralidade, de improbidade administrativa e de crime de responsabilidade.

No domingo 24, o Facebook e o Instagram retiraram o vídeo do ar. Já o Twitter decidiu sinalizar a publicação, mas não a deletou. A plataforma informou que, embora o conteúdo tenha violado “as regras sobre a publicação de informações enganosas e potencialmente prejudiciais relacionadas à Covid-19, pode ser do interesse público que continue acessível.”

Nesta segunda, o YouTube tirou a live do ar e bloqueou a publicação de novos vídeos no canal por uma semana.

 


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