CartaExpressa

Barroso vê o Congresso como ‘lugar certo’ para debate sobre o aborto

O presidente do STF afirmou que somente se manifestará sobre o projeto caso o tema chegue à Corte

O ministro Luís Roberto Barroso. Foto: Andressa Anholete/SCO/STF
Apoie Siga-nos no

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, afirmou nesta sexta-feira 14 caber ao Congresso Nacional o debate sobre “os grandes temas nacionais”. Ele havia sido questionado sobre o projeto de lei que equipara o aborto legal após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio.

A partir de uma manobra de Arthur Lira (PP-AL) e com uma votação-relâmpago, a Câmara dos Deputados aprovou na quarta 12 um requerimento para tramitação da proposta em regime de urgência.

“A matéria está no Congresso, que é o lugar certo para se debaterem os grandes temas nacionais”, disse Barroso após um evento em João Pessoa (PB). “Se e quando chegar no Supremo, vou me manifestar.”

No ano passado, o STF iniciou o julgamento de uma ação, apresentada em 2017 pelo PSOL, que pode descriminalizar o aborto até a 12ª semana de gestação. A então presidente da Corte, Rosa Weber (hoje aposentada), proferiu o primeiro voto, a favor da descriminalização. Logo na sequência, Barroso pediu destaque, ou seja, levou o caso para o plenário presencial.

Agora, cabe ao próprio Barroso escolher uma data para retomar a análise. Em diversas ocasiões, porém, ele afirmou que ainda não pautaria o caso por considerar que o debate não está suficientemente “maduro” na sociedade.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar