CartaExpressa

‘Bem-vindo à República de Curitiba’: CNMP decide demitir procurador que bancou outdoor pró-Lava Jato

‘Efetivamente não consigo caracterizar pequena gravidade para este caso’, argumentou a relatora do processo no conselho

Foto: Reprodução
Apoie Siga-nos no

O Conselho Nacional do Ministério Público aprovou, nesta segunda-feira 18, a demissão do procurador da República no Paraná Diogo Castor de Mattos, responsável por um outdoor pró-Lava Jato. Ele integrou a força-tarefa da operação na capital paranaense.

Por seis votos a cinco, prevaleceu o entendimento da relatora, Fernanda Marinela. A avaliação é de que Castor de Mattos violou os deveres funcionais e praticou improbidade.

“Efetivamente não consigo caracterizar pequena gravidade para este caso”, argumentou Marinela. “Não vejo possibilidade para flexibilização na substituição da pena em reconhecendo o ato de improbidade”.

O painel foi instalado em março de 2019, em Curitiba. Apareciam na imagem nove procuradores e a frase: “Bem-vindo à República de Curitiba. Terra da Operação Lava Jato, a investigação que mudou o país. Aqui a lei se cumpre. 17 de março — 5 anos de Operação Lava Jato — O Brasil Agradece”.

A defesa do procurador alegou que o processo disciplinar se sustentou em mensagens obtidas a partir da ação de hackers contra celulares de membros da Lava Jato, o que tornaria as possíveis provas ilícitas. Castor de Mattos reconheceu que bancou a propaganda com recursos próprios, mas negou envolvimento em detalhes da compra.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.