A Justiça vai levar a júri popular o policial penal bolsonarista Jorge Guaranho, acusado de matar o ex-tesoureiro do PT Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu, no Paraná. O julgamento está marcado para o dia 4 de abril.
O caso inicialmente seria julgado em dezembro do ano passado, mas foi adiado por um pedido da defesa do policial penal.
O crime ocorreu em 9 de julho de 2022, quando Arruda comemorava seus 50 anos com uma festa temática sobre o PT e o presidente Lula. Na ocasião, Guaranho viu a festa pelas câmeras de segurança, incomodado invadiu o local aos gritos de ‘É Bolsonaro’, discutiu com os presentes e, depois, retornou atirando.
Em dezembro, a Justiça recebeu a denúncia contra Guaranho por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e por causar perigo comum. O Ministério Público aponta que a motivação do crime foi política. A pena pode variar de 12 a 30 anos de prisão.
Após a fase de colheita de provas, já realizada, o magistrado entendeu haver indícios suficientes de materialidade e autoria para que o policial penal seja levado a júri popular.
Guaranho está preso no Complexo Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Sua defesa tem dito aguardar o julgamento para “provar sua inocência” e a “injustiça” da prisão.
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