CartaExpressa
Bolsonaristas admitem não ter apoio para aprovar o voto impresso
Base parlamentar do presidente Jair Bolsonaro tentará adiar a votação no plenário da Câmara dos Deputados
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2019/09/BiaKicis.jpg)
O governo do presidente Jair Bolsonaro tenta adiar a votação, na Câmara dos Deputados, da PEC do Voto Impresso. Integrantes da base parlamentar admitem que não têm os 308 votos necessários para a aprovação.
Na semana passada, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), anunciou que levaria a pauta nesta semana ao plenário.
Ao jornal Valor Econômico, o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) disse que a proposta deve ser votada nesta terça-feira 10.
“Não creio que ele [Lira] adie [a votação]. Ele próprio me sinalizou votar essa semana”, afirmou. “O jogo é derrotar a PEC do voto impresso no plenário, Bolsonaro reconhecer a derrota e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aumentar as medidas de segurança e transparência para eleições.”
A deputada Bia Kicis (PSL-DF) confirmou que tentará conversar com Lira nesta segunda sobre voto impresso. Perguntada sobre a data ideal para a votação, ela respondeu: “Quando tivermos os votos necessários”.
A PEC do voto impresso foi derrotada na quinta-feira em uma comissão especial criada para analisá-la na Câmara.
Relacionadas
CartaExpressa
Sâmia Bomfim apresenta projeto para que delegacias especializadas em crimes raciais funcionem 24h
Por Wendal CarmoCartaExpressa
Deputados aprovam regime de urgência para dois projetos de lei; veja quais
Por CartaCapitalCartaExpressa
Após decisão do STF, Lira instala comissão especial para analisar a PEC das Drogas
Por CartaCapitalCartaExpressa
Padilha: relatório da Reforma Tributária será entregue em 3 de julho
Por Wendal CarmoApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.