CartaExpressa
Bolsonaro apresenta extratos bancários ao STF, mas pede para que dados fiquem em sigilo
A entrega dos documentos ocorre poucos dias após Alexandre de Moraes determinar a quebra do sigilo bancário do ex-presidente; Michelle, alvo da mesma decisão, ainda não enviou os extratos
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/06/000_33LX4XF.jpg)
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) os extratos referentes ao período em que ocupou a Presidência da República. A entrega aconteceu na última quinta-feira 24, cumprindo a decisão tomada na semana passada pelo ministro Alexandre de Moraes, que determinou a quebra do sigilo bancário do ex-presidente.
Ao entregar os extratos, a defesa de Bolsonaro pediu que seja decretado sigilo nos autos do processo, que tem como objetivo investigar se os valores referentes às vendas das joias recebidas por autoridades estrangeiras foram enviados ao ex-presidente.
“Considerando o teor dos documentos ora apresentados, requer a decretação do sigilo da presente petição e seus anexos. Não obstante, informa que está à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimentos acerca de sua movimentação bancária”, diz um trecho da petição, revelada pelo portal G1.
Apesar da entrega da defesa de Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ainda não enviou os extratos bancários. A decisão de Moraes também determinou a quebra do sigilo bancário dela.
Relacionadas
CartaExpressa
Moraes dá duas horas para redes sociais excluírem novos perfis de Monark
Por CartaCapitalCartaExpressa
‘Censor-geral da República’: a brincadeira de Toffoli com Moraes em julgamento no STF
Por CartaCapitalCartaExpressa
Dino nega pedido de habeas corpus de Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro
Por CartaCapitalCartaExpressa
Porte de maconha: a divergência entre Toffoli e Moraes sobre como distinguir usuário de traficante
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.