O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (AM), afirmou nesta sexta-feira 14 que decidiu deixar o PL, duas semanas após a entrada de Jair Bolsonaro, porque o presidente “compromete o presente e comprometerá o futuro no caso de uma reeleição”.
“Não posso participar de um projeto que trouxe o Brasil à situação atual”, disse Ramos em entrevista a CartaCapital no?feature=oembed" frameborder="0" allowfullscreen> YouTube.
Questionado sobre a postura do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em relação aos pedidos de impeachment de Bolsonaro, Ramos declarou que o colega “é aliado” do ex-capitão. Frisou, porém, que a resistência a pautar os processos tem outras motivações.
“Um processo de impeachment é de natureza jurídica e política. O crime precisa estar acompanhado de perda de base parlamentar e de perda de apoio popular”, avalia Ramos. “Um presidente com os índices desastrosos que Bolsonaro tem, tanto na questão sanitária quanto na economia, mas que ainda tem entre 20 e 25% de avaliação boa ou ótima, não dá para dizer que está abandonado.”
Segundo o vice da Câmara, Lira “tem consciência de que um pedido de impeachment, a despeito de recebido, não teria empregado os 342 votos necessários para sua tramitação, o que poderia fortalecer ainda mais Bolsonaro”.
Assista à íntegra da entrevista:
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