Bolsonaro desconhece origem de Padre Cícero e chama nordestinos de ‘pau de arara’

A declaração foi feita nesta quinta-feira, 3, durante transmissão ao vivo nas redes sociais

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Apoie Siga-nos no

O presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou assessores nordestinos de “pau de arara”, expressão considerada preconceituosa. A declaração foi feita nesta quinta-feira, 3, durante transmissão ao vivo nas redes sociais após o presidente perguntar aos auxiliares a origem de Padre Cícero, um antigo vigário de Juazeiro do Norte, Ceará, e reverenciado por nordestinos.

“Falaram que eu revoguei o luto de Padre Cícero. Lá do Pernambuco, é isso mesmo? Que cidade fica lá? Cheio de pau de arara aqui e não sabem em que cidade fica Padre Cícero, pô? Juazeiro do Norte, parabéns aí. Ceará, desculpa aí. Ceará”, declarou o presidente em sua mais recente live.

Bolsonaro chegou a anular na semana passada 122 antigos decretos de luto pela morte de personalidades brasileiras, entre elas Padre Cícero, que morreu em 1934.

Após pressão popular, sobretudo no Nordeste – região onde deve ter mais dificuldades nas eleições de 2022 na comparação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) -, revogou a anulação dos decretos de luto.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

1 comentário

João Clementino Montarroyos Neto 4 de fevereiro de 2022 13h07
O mentecapto talvez venha a conhecer a origem da Casa da Cultura Recife, caso o TCU leve a cabo a investigação do Cartão Corporativo. Só que sua cultura estará em Bangu!

Relacionadas

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.