CartaExpressa

Bolsonaro ignora as 4 mil mortes por Covid, ataca a imprensa e diz que resolve ‘o problema do vírus em minutos’

‘Agora eu sou… o que mata muita gente, como é que é o nome? Genocida. Agora eu sou genocida’, disse sorrindo

O presidente da República, Jair Bolsonaro. Foto: Isac Nóbrega/PR
Apoie Siga-nos no

No dia em que o Brasil registrou recorde de mortes por Covid-19 em 24 horas – 4.195, segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde -, o presidente Jair Bolsonaro decidiu voltar a atacar a imprensa. Ele disse que resolve “o problema do vírus em poucos minutos”.

“É só pagar o que os governos pagavam para Globo, Folha, Estado de S.Paulo… Esse dinheiro não é para a imprensa, esse dinheiro é para outras coisas”, declarou o presidente, em interação com apoiadores na porta do Palácio da Alvorada.

“Eu cancelei todas assinaturas de revistas e jornais do governo federal. Acabou. Já entramos no segundo ano sem nada. A gente não pode começar o dia envenenado”, acrescentou.

Uma mulher tentou, em mais de uma oportunidade, perguntar o que o presidente achava das mais de quatro mil mortes por Covid-19 nesta terça. Bolsonaro, no entanto, ignorou o questionamento. Também ironizou o fato de ser chamado de “genocida”.

“O pessoal entrou naquela pilha de homofóbico, racista, fascista, torturador… Agora… Agora é o quê? Agora eu sou… O que mata muita gente, como é que é o nome? Genocida. Agora eu sou genocida”, disse sorrindo.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.