CartaExpressa

Bolsonaro pede que Exército matricule sua filha em colégio militar sem processo seletivo, revela jornal

O comandante da Força, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ainda não proferiu uma decisão

O presidente da República, Jair Bolsonaro. Foto: Isac Nóbrega/PR
Apoie Siga-nos no

O presidente Jair Bolsonaro solicitou ao comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, um tratamento especial à filha dele, Laura Bolsonaro, de 10 anos. Pediu, também, que ela seja matriculada no Colégio Militar de Brasília sem ter de passar por processo seletivo.

A informação foi confirmada ao jornal Folha de S.Paulo pelo Centro de Comunicação Social do Exército. O órgão acrescentou que o comandante da Força ainda não proferiu uma decisão e que ele aguarda uma manifestação do Departamento de Educação e Cultura.

Na última terça-feira 24, Bolsonaro confirmou a apoiadores o desejo de matricular a filha no colégio militar.

“Minha filhota, do Colégio Militar de Brasília”, disse um bolsonarista ao presidente em contato no ‘cercadinho’ do Palácio da Alvorada. “Legal. A minha deve ir ano que vem para lá, a imprensa já tá batendo. Eu tenho direito por lei, até por questão de segurança”, respondeu Bolsonaro.

Em 2019, o filho da deputada bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP) foi matriculado na instituição, sem passar por processo seletivo, para cursar o sexto ano do ensino fundamental. À época, a parlamentar declarou que pediu a vaga por causa de ameaças sofridas por ela e pelo filho.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar