Bolsonaro reclama de atos: ‘Nunca foi por saúde ou democracia, sempre foi pelo poder’

Presidente sugere que os protestos foram violentos; veja reportagem de CartaCapital sobre as manifestações

O presidente Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP

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O presidente Jair Bolsonaro criticou manifestantes que reivindicaram o impeachment, a aceleração da vacinação e a volta do auxílio emergencial de 600 reais, após protestos realizados no sábado 3, contra o governo federal.

Bolsonaro publicou fotos em suas redes sociais que mostram o incêndio ateado por manifestantes em uma agência do banco Santander em São Paulo, a depredação de um ponto de ônibus e um policial militar ferido.

“Nenhum genocídio será apontado. Nenhuma escalada autoritária ou ‘ato antidemocrático’ será citado. Nenhuma ameaça à democracia será alertada. Nenhuma busca e apreensão será feita. Nenhum sigilo será quebrado. Lembrem-se: nunca foi por saúde ou democracia, sempre foi pelo poder!”, escreveu o presidente.


 

Ao contrário do que sugere o presidente, porém, os protestos foram, em sua maioria, pacíficos em todo o Brasil. De acordo com os organizadores, mais de 300 atos foram realizados em todos os estados. Pelo menos 150 mil pessoas estiveram presentes nos atos de São Paulo, 70 mil no Rio de Janeiro, e 40 mil na capital pernambucana Recife.

Conforme mostrou reportagem de CartaCapital, compareceram às manifestações vários parentes de pessoas que morreram pela Covid-19. O escândalo do caso Covaxin fez com que os organizadores antecipassem a data dos protestos, antes previstos apenas para o dia 24 de julho.

Confira reportagem em vídeo dos atos em São Paulo.

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