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Brasil pode ficar sem voto na ONU por não pagar dívida

Ernesto Araújo corre para aprovar crédito suplementar no Congresso na última semana de atividades do ano

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Foto: Marcos Corrêa/PR
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O não-pagamento de uma dívida junto a Organização das Nações Unidas (ONU) pode fazer o Brasil perder, pela primeira vez na história, o direito ao voto junto ao organismo global a partir de 1º de janeiro.

Isso porque o País tem até o fim de dezembro para pagar ao menos 113,5 milhões de dólares de um total de 390 milhões às Nações Unidas para não ser punido de acordo com o regimento, segundo informou o jornal Valor Econômico nesta quinta-feira 17.

Pelo valor da inadimplência superar o total das contribuições dos dois anos anteriores, o Brasil une-se a Somália, Ilhas Comores e São Tomé e Príncipe no drama de não participar das decisões globais do órgão.

Ernesto Araújo, chanceler brasileiro, agora corre para tentar colocar a aprovação de um crédito suplementar de 2,8 bilhões de reais na mesa do Congresso na última semana de atividade parlamentar

O presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP) tentará, nesta quinta-feira, dar corpo a alguma aprovação na Casa.

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