CartaExpressa

Carlos ignora operação contra Bolsonaro; Flávio e Eduardo falam em perseguição

Vereador do Rio de Janeiro era quem liderava a comunicação nas redes sociais do ex-presidente, mas saiu de cena alegando ter sido tratado ‘pior que um rato’

O clã Bolsonaro. Foto: Divulgação Foto: Divulgação
Apoie Siga-nos no

Carlos Bolsonaro, vereador e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi o único integrante da cúpula bolsonarista a não se pronunciar sobre a operação da Polícia Federal que, nesta quarta-feira 3, fez buscas e apreendeu celulares na casa de seu pai. A operação também prendeu aliados, como o ajudante de ordens Mauro Cid.

A suspeita é de formação de um grupo criminoso – do qual Bolsonaro tinha ‘plena ciência’ – para fraudar dados no Ministério da Saúde. A fraude era usada para emitir falsos certificados de vacinação contra a Covid. Ela foi usada em documentos de Bolsonaro e familiares.

O vereador, habituado a liderar o tom da comunicação dos apoiadores do ex-capitão, saiu da função de social media do ex-presidente há cerca de duas semanas alegando ter sido tratado ‘pior que um rato’. Entre aliados de Bolsonaro, porém, esperava-se que ele superasse a divergência ao menos neste momento de crise e voltasse à cena para, no mínimo, ecoar a narrativa de defesa no caso. O que não ocorreu. A única publicação de Carlos desde a deflagração da operação cita o encontro entre Lula e Alberto Fernández.

Seus irmãos, também políticos, Flávio e Eduardo foram os ‘substitutos’. Ambos usaram os argumentos dados por Jair na conversa com a Jovem Pan. Na tribuna do Senado, Flávio falou em perseguição. Na Câmara, Eduardo também usou o termo, mas distorceu as informações do casos, alegando que a operação da PF seria para descobrir se Bolsonaro tomou ou não vacina. O objetivo, importante reforçar, era buscar documentos que comprovassem a participação de Bolsonaro na fraude dos cartões.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar