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Carlos Lupi sobre saída de Tabata: ‘Não se perde aquilo que nunca se teve’

A deputada votou a favor da reforma da Previdência, em desagrado à cúpula do partido

Foto: Reprodução/YouTube
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O presidente do PDT, Carlos Lupi, criticou a atuação parlamentar da deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP), que obteve autorização do Tribunal Superior Eleitoral, na terça-feira 25, para mudar de partido sem perder o mandato.

O conflito entre Tabata e a cúpula da sigla de Ciro Gomes ocorreu quando ela votou a favor da reforma da Previdência – a deputada é acusada de desrespeitar a posição da legenda. Na época, ele afirmou que a decisão de Tabata se devia à infiltração de “partidos clandestinos”, como o Movimento Acredito, do qual ela faz.

Em uma sequência de publicações no Twitter, Lupi disse que repetiria palavras da maior figura política do partido, Leonel Brizola: “A politicagem, que as elites adoram, adulam os traidores, mas a História os abomina”. Em seguida, criticou Tabata por atuar, segundo ele, em desacordo com as diretrizes da sigla.

“Se uma pessoa se filia a um partido, como o nosso PDT, que completa 41 anos hoje, e sequer lê o estatuto e os compromissos da nossa história com um projeto de nação soberana, com os trabalhadores, com a Educação em tempo integral e com os aposentados, e o TSE resolve instituir a infidelidade partidária, só nos resta dizer que não se perde aquilo que nunca se teve”, escreveu.

Por sua vez, a organização Movimento Acredito, nascedouro de Tabata, chamou de “históricas” as decisões em que o TSE liberou as desfiliações da deputada e de Felipe Rigoni, deputado pelo PSB-ES. A associação disse que a Corte eleitoral reconheceu “a importância e legitimidade dos movimentos de renovação no atual cenário político”.

O Movimento Acredito também defendeu a existência dos partidos, mas sugeriu “autocrítica”.

“Partidos são extremamente importantes no sistema eleitoral e não é nossa missão deslegitimá-los”, escreveu. “Pelo contrário, esperamos que decisões como essa possibilite a autocrítica necessária para uma construção que promova uma maior democracia interna e a transparência e, principalmente, que possam adaptar-se para inclusão dos movimentos cívicos.”

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