A Comissão de Constituição e Justiça do Senado agendou para 24 de agosto, às 10h, a sabatina de Augusto Aras, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para um novo mandato de dois anos como procurador-geral da República. O relator será Eduardo Braga (MDB-AM).
Para que ele seja reconduzido ao cargo, além da sabatina na CCJ, terá de obter o apoio de pelo menos 41 senadores (maioria simples) em plenário, durante votação secreta.
Augusto Aras chega à sabatina pressionado. Nas últimas semanas, ele foi cobrado publicamente duas vezes por subprocuradores – inclusive por representantes da cúpula da PGR – por sua postura em relação a Bolsonaro.
Em 6 de agosto, 27 subprocuradores se uniram para a divulgação de uma carta em que afirmam que Aras não pode “assistir passivamente” aos ataques contra ministros do Supremo Tribunal Federal.
Na última terça-feira 17, um grupo de 31 subprocuradores assinou uma representação encaminhada ao procurador-geral para que ele investigue o envio de mensagens em que Bolsonaro convoca aliados para um “provável e necessário contragolpe”.
Entre os signatários de ambos os textos estão os subprocuradores Luiza Frischeisen, Mario Bonsaglia e Nicolao Dino, que compuseram a lista tríplice do Ministério Público Federal para suceder Aras. Bolsonaro, porém, ignorou a eleição interna e indicou o atual procurador-geral para um novo mandato de dois anos.
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