CartaExpressa
Chefe de agência de segurança assume responsabilidade por falta de alerta sobre ataque do Hamas
‘Haverá tempo para investigações. Agora estamos lutando’, disse Ronen Bar
O chefe da agência israelense de segurança Shin Bet afirmou ser o responsável pela falta de um alerta sobre o ataque deflagrado pelo Hamas em 7 de outubro. A informação foi revelada nesta segunda-feira 16 pelos jornais Haaretz e Times of Israel.
“Apesar de uma série de ações que realizamos, infelizmente no sábado não conseguimos gerar um aviso suficiente para frustrar o ataque”, disse Ronen Bar em um comunicado a membros da agência. “Como quem dirige a organização, a responsabilidade por isso é minha. Haverá tempo para investigações. Agora estamos lutando.”
Segundo o Times of Israel, horas antes da ofensiva do Hamas o sistema de defesa identificou um movimento pouco usual na Faixa de Gaza. Depois, Bar foi à sede da agência e destacou uma pequena equipe para verificar a situação in loco.
Pelas contas da agência, 10 de seus membros morreram durante o ataque.
Desde 7 de outubro, mais de 1,4 mil pessoas morreram no lado israelense. Na Faixa de Gaza, as autoridades de saúde informam pelo menos 2,75 mil mortos nos bombardeios ordenados pelo governo de extrema-direita de Benjamin Netanyahu.
Relacionadas
CartaExpressa
CCJ adia votação de PL que mira no MST e cria cadastro contra ‘invasores’ de terras
Por CartaCapitalCartaExpressa
Polícia Federal resgata 22 vítimas de exploração sexual em São Paulo
Por CartaCapitalCartaExpressa
Aneel aprova redução média de 2,43% nas tarifas da Enel em São Paulo
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.