CartaExpressa
CNMP abre processo contra procuradores da Lava Jato por vazamento de denúncia
O grupo compôs a força-tarefa da operação no Rio de Janeiro e foi questionado por ex-senadores
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2021/10/Sem-Título-10-1.jpg)
O Conselho Nacional do Ministério Público decidiu nesta terça-feira 19 abrir um processo disciplinar contra 11 procuradores que fizeram parte da força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro. Ao final da apuração, o CNMP analisará a possibilidade de puni-los.
Uma reclamação protocolada pelos ex-senadores Romero Jucá e Edison Lobão motivou o julgamento concluído nesta terça. Eles acusam os procuradores de quebra de sigilo em uma investigação sobre suposto esquema de propinas na construção da usina nuclear de Angra 3.
Jucá e Lobão argumentam que os procuradores vazaram informações sigilosas ao divulgarem um comunicado à imprensa sobre a denúncia, em março de 2016. A análise da reclamação havia começado em setembro, mas foi interrompida por um pedido de vista.
São alvos do processo Eduardo El Hage, Fabiana Schneider, Marisa Ferrari, José Augusto Vagos, Gabriela Câmara, Sérgio Pinel Dias, Rodrigo Timóteo da Costa e Silva, Stanley Valeriano da Silva, Felipe Bogado Leite, Renata Ribeiro Baptista e Tiago Misael de Jesus Martins.
Em junho deste ano, a Corregedoria Nacional do Ministério Público já havia aberto um processo administrativo disciplinar contra os envolvidos, sob a alegação de que os procuradores descumpriram o dever de sigilo ao divulgar os dados.
Relacionadas
CartaExpressa
STF anula atos de vara criminal e manda ações contra Paes por suposto caixa 2 para a Justiça Eleitoral
Por CartaCapitalCartaExpressa
CNJ arquiva processos contra juízes da Lava Jato em Curitiba
Por CartaCapitalCartaExpressa
Odebrecht aceita proposta do governo sobre multa de acordo de leniência da Lava Jato
Por CartaCapitalCartaExpressa
CCJ adia votação de PL que mira no MST e cria cadastro contra ‘invasores’ de terras
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.