Organização judaica lança manifesto pela vitória de Lula

Núcleo paulista do coletivo Judias e Judeus pela Democracia veem petista uma 'política alinhada à justiça social e à garantia do Estado Democrático de Direitos e da vida'

Movimento enaltece valores judaicos em contraposição a Bolsonaro. Foto: Governo SP

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A organização Judias e Judeus pela Democracia – SP lançará, na quarta-feira 21, um manifesto com mais de mil assinaturas em apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB).

No documento, intitulado Pelo voto na chapa Lula-Alckmin, os signatários dizem estar “ao lado da democracia e dos valores éticos judaicos” e afirmam ver no petista uma “política alinhada à justiça social e à garantia do Estado Democrático de Direitos e da vida”.

Também acusam o presidente Jair Bolsonaro (PL) de ter um “projeto de morte, escassez, violência, ódio e autoritarismo” e afirmam que “abriu mão de governar o país e se dedica a atiçar os piores sentimentos sociais”.

Atribuem ao governo Bolsonaro, ainda, o índice de 33 milhões de pessoas com fome, o “desmonte” de políticas de combate à miséria, o “retrocesso” com relação à mortalidade infantil e a perda de quase 700 mil vidas pela Covid-19.

O texto diz na sequência que Bolsonaro opera o orçamento público “para finalidades eleitorais e interesses privados” e cita o aumento do desmatamento, da perseguição a indígenas, os ataques a religiões de matrizes africanas, o abandono da educação pública e a piora nos direitos trabalhistas como problemas do atual governo.

Outra acusação é o de estímulo à violência política.


“Chama ainda mais atenção o componente autoritário do projeto de sociedade tantas vezes anunciado e implementado pelo governo atual. Permissão e incentivo ao aniquilamento e à destruição do outro e de qualquer forma de diferença ou oposição”, diz o texto. “Nós, Judias e Judeus pela Democracia SP, sabemos que quando o projeto político é o ódio, o passo seguinte é o extermínio simbólico e físico.”

O coletivo nasceu no auge das manifestações contra Bolsonaro nas eleições de 2018. Ao longo da atual gestão, manifestou-se em diferentes momentos contra declarações do presidente da República.

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1 comentário

Marcílio França 20 de fevereiro de 2024 18h44
E agora ? Passados exatos 02a, depois das declarações DESASTROSAS do Chefe do Executivo Federal do Brasil... será que os Judeus pela Democracia mantém a mesma opinião ?

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