O presidente Jair Bolsonaro voltou a evocar a figura do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, candidato do PT à Presidência em 2018, ao tentar se eximir de qualquer responsabilidade pela crise sanitária e econômica no Brasil.
Bolsonaro voltou a se classificar como “um presidente que acredita em Deus, respeita a Constituição, defende a família, deve lealdade ao povo, é contra a ideologia de gênero e defende os valores judaico-cristãos”.
Segundo ele, ninguém poderá tirá-lo do cargo “na canetada ou na mão grande”. Também repetiu que “só Deus” é capaz de retirá-lo da cadeira de presidente.
“Imaginem se estivesse o Haddad no meu lugar. Teria lockdown nacional e todos seriam obrigados a ser vacinados por canetada do Haddad”, completou. Em outro momento da transmissão, criticou os que, de acordo com ele, “botam lenha na fogueira”.
“Você quer resolver os problemas do Brasil ou derrubar o presidente?, perguntou.
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