Condenado pelo Supremo Tribunal Federal por estimular atos antidemocráticos e ameaçar instituições, o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) também é acusado pelo Ministério Público Federal no Rio de Janeiro de praticar uma rachadinha em seu gabinete.
O esquema, detalhado pelo jornal O Globo nesta sexta-feira 29, consistiria no uso de um advogado fantasma para simular a realização de serviços que, na realidade, seriam executados pela própria Câmara.
De acordo com o veículo, os procuradores já reuniram evidências de que Silveira pagou 220 mil reais em dinheiro vivo ao advogado Samuel Pinheiro Maciel. O MP vê fortes indícios de que parte dessa quantia voltava a Silveira, o que configuraria a rachadinha.
A prática se daria pela “emissão de notas fiscais por serviços de assessoria jurídica” para reembolsar Silveira, via cota parlamentar, sob a rubrica de “Consultorias, Pesquisas e Trabalhos Técnicos”.
Para a procuradora da República Monique Checker, responsável por comandar a investigação, as evidências recolhidas e as inconsistências em um depoimento prestado por Maciel são “provas suficientes” de crimes praticados por Silveira e por seu advogado.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login