O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados só deve votar a cassação de Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) em setembro deste ano. O plano de trabalho elaborado pela relatora, a deputada Jack Rocha (PT-ES), pode durar até 40 dias úteis.
Esse tempo é para o recolhimento de provas e as oitivas das testemunhas. Além disso, a câmara entra em recesso de 18 a 31 de julho, adiando ainda mais a análise do caso.
Chiquinho enfrenta um processo no Conselho de Ética após ser acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). O deputado, que está preso desde 24 de março, nega as acusações.
Além do processo no Conselho de Ética, Chiquinho também entrou na mira do União Brasil, que acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a cassação do mandato do parlamentar.
Chiquinho foi expulso do União Brasil ainda em março, após a divulgação de um relatório da PF que o acusava do homicídio. No entanto, segundo a legenda, o parlamentar teria cometido infidelidade partidária, quando ainda era filiado a sigla.
Na prática, o partido visa recuperar a vaga de deputado. Caso Chiquinho tenha seu mandato cassado, quem assume a cadeira é o primeiro suplente, no caso, Ricardo Abrão, sobrinho do bicheiro Aniz Abraão David e ex-secretário especial de ação comunitária da Prefeitura do Rio de Janeiro.
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