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Convidado por ruralistas a CPI, Aldo Rebelo diz haver ‘Estado paralelo das ONGs’ na Amazônia

Ao longo do depoimento, ele também questionou o percentual dos territórios indígenas demarcados no País

Créditos: Pedro França/Agência Senado
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O ex-deputado federal e ex-ministro Aldo Rebelo disse, em depoimento à CPI das ONGS nesta terça-feira 11, que a Amazônia é dominada por três Estados paralelos, “um estado oficial, o do crime organizado e o das organizações não governamentais”.

Rebelo disse que ‘o Estado paralelo das ONGs’ seria o mais forte e dominador já que, supostamente, comandaria o território com o aval do Estado.

“O mais importante, o mais forte, o mais dominador, é o Estado paralelo das ONGs, governando a Amazônia de fato com auxílio do Estado formal brasileiro, do Ministério Público Federal, da Polícia Federal, do Ibama, da Funai, desse ministério que criaram agora dos povos indígenas”, disse, acusando estes órgãos de atuar a serviço do interesse das organizações de sociedade civil.

Ao longo do depoimento, ele também questionou o percentual dos territórios indígenas demarcados no País, e supôs que a delimitação das terras também serviria para proteger interesses de ONGs. “Você achar que 14% do território nacional esta imobilizado em áreas indígenas, as áreas mais produtivas, mais ricas em minério do País, isso é por acaso? Não, isso é planejado, profundamente planejado”.

Rebelo falou à CPI na condição de convidado, atendendo aos requerimentos apresentados pelos senadores Marcio Bittar (União-AC) e Nelsinho Trad (PSD-MS), ambos membros da Frente Parlamentar Agropecuária, conhecida como bancada ruralista.

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