CartaExpressa

Corregedoria da Câmara de São Paulo aprova cassação do vereador Camilo Cristófaro

Durante uma sessão, sem saber que seu áudio estava ligado, o político declarou: ‘Arrumaram e não lavaram a calçada. É coisa de preto, né?’

Vereador Camilo Cristófaro. Foto: André Bueno/CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO
Apoie Siga-nos no

A Corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo aprovou, nesta quinta-feira 24, a cassação do mandato do vereador Camilo Cristófaro (Avante), que proferiu uma afirmação racista durante uma sessão. O caso ainda passará pela Comissão de Constituição e Justiça, antes de ser levado à votação em plenário.

O processo de cassação por racismo foi aberto em maio. Em uma audiência, sem saber que seu áudio estava ligado, Cristófaro fez a seguinte declaração: “Arrumaram e não lavaram a calçada. É coisa de preto, né?”.

Na Corregedoria, houve cinco votos a favor da cassação e uma abstenção. O colegiado se reuniu para avaliar o parecer do relator, Marlon Luz (MDB), que defendeu a punição.

A abstenção foi do vereador Sansão Pereira (Republicanos). A Corregedoria é presidida por Rubinho Nunes (União Brasil) e composta ainda por Alessandro Guedes (PT), Aurélio Nomura (PSDB), Danilo do Posto de Saúde (Podemos) e Silvia da Bancada Feminista (PSOL).

Cristófaro já havia sido acusado de racismo em outra ocasião. Em 2019, ele chamou o vereador Fernando Holiday de “macaco de auditório” no plenário, mas foi absolvido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. O Ministério Público de São Paulo apresentou um recurso contra a decisão.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.