CartaExpressa
Covid-19: Maioria é contra obrigatoriedade de prescrição médica para vacinar crianças
O ministro da Saúde Marcelo Queiroga afirmou que os pais terão vacina caso queiram imunizar os filhos
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2019/11/vacinação-Foto-Tomaz-Silva-Agência-Brasil.jpg)
A consulta pública feita pelo Ministério da Saúde revelou que a maioria das pessoas foi contra a exigência de prescrição médica para vacinar crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19.
A informação foi confirmada pela secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite de Melo, em audiência pública realizada nesta terça-feira 4.
“Tivemos 99.309 pessoas que participaram neste curto intervalo de tempo em que o documento esteve para consulta pública, sendo que a maioria se mostrou concordante com a não compulsoriedade da vacinação e a priorização das crianças com comorbidade. A maioria foi contrária à obrigatoriedade da prescrição médica no ato de vacinação”, disse Rosana sobre a consulta que se encerrou no dia 2 de janeiro.
O formulário por onde a população tinha que se manifestar sobre a vacinação das crianças foi duramente criticado nas redes sociais por apresentar perguntas ambíguas. Perfis acusam as questões de favorecer o negacionismo adotado pelo governo de Jair Bolsonaro.
Após recolher as respostas, o Ministério da Saúde deve formalizar a sua decisão na quarta-feira 5. O ministro da Saúde Marcelo Queiroga afirmou que os pais terão vacina caso queiram imunizar os filhos e que haverá doses suficientes. As doses pediátricas serão entregues por meio de contrato do governo para receber 100 milhões de vacinas da Pfizer em 2022, que pode ser ampliado a 150 milhões de unidade.
A vacinação contra a Covid-149 para crianças de 5 a 11 anos já tinha sido autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária desde o dia 16 de dezembro.
Relacionadas
CartaExpressa
CCJ adia votação de PL que mira no MST e cria cadastro contra ‘invasores’ de terras
Por CartaCapitalCartaExpressa
Polícia Federal resgata 22 vítimas de exploração sexual em São Paulo
Por CartaCapitalCartaExpressa
Aneel aprova redução média de 2,43% nas tarifas da Enel em São Paulo
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.