Sem previsão de prorrogação, o auxílio emergencial ainda é a principal fonte de renda para muitos brasileiros. Cerca de 36% dos beneficiários se encaixam nesta situação, segundo a pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira 21.
A redução do auxílio de 600 reais para 300 reais, em setembro, teve como consequência a diminuição de gastos com itens básicos de consumo. De acordo com pesquisa, 75% dos beneficiários reduziram a compra de alimentos, 65% cortaram despesas com remédios, 57% diminuíram o consumo de água, luz e gás e 55% deixaram de pagar as contas da casa.
Neste mesmo contexto de busca por novas fontes de renda, se observa o aumento nos recordes de desemprego no país. São 13,8 milhões de pessoas desempregadas, segundo a última pesquisa PNAD-COVID19, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial. CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
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