O novo escolhido da Polícia Federal para dar continuidade às investigações que apuram detalhes da facada dada em Jair Bolsonaro (PL) por Adélio Bispo é o delegado Martin Bottaro Purper, de 43 anos. Há 17 anos na corporação, Purper participou de investigações contra o PCC. As informações são do jornal Folha de S. Paulo desta quarta-feira 5.
Até o momento, duas investigações da PF mostraram que Adélio Bispo agiu sozinho. A conclusão, no entanto, é questionada pelo clã Bolsonaro. Um pedido de quebra de sigilo bancário e dos celulares dos advogados do autor da facada reabriu em partes a apuração sobre ele agir ou não sozinho. A intenção é identificar quem custeia a defesa de Bispo.
A autorização para coleta do material nos celulares dos advogados está na Justiça e ainda precisa ser analisada pelo Superior Tribunal de Justiça e, eventualmente, pelo Supremo Tribunal Federal. O argumento da defesa é de que a ação fere o princípio de sigilo profissional entre advogados e clientes.
Por enquanto, com base nas conclusões da PF, o caso da facada estava arquivado pela Justiça Federal. A conclusão é de que Adélio agiu por vontade própria, sem a participação de terceiros no atentado contra Bolsonaro.
Antes de Purper, quem comandava a investigação era o delegado Rodrigo Morais Fernandes, que deixou o cargo para integrar uma força-tarefa da PF em Nova York, nos Estados Unidos.
O novo delegado ficou conhecido por integrar as operações Cravada e Register, que desarticularam um núcleo de financiamento e outro de cadastro de integrantes do PCC.
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